"Palavras, sons e imagens que nos tocam onde somente a arte alcança para o amor poder agir.."

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Por hora...

Do riso incontido por desejos latentes
Sobreveio o peso do ato
Como bruma a envolver-me os passos
A turvar-me a vista
A abrandar-me a voz
Pesou-se!
Não sobre os ombros
Mas dentro do peito
A cálida amplidão de palavras despertas.
Fez-se vazio no lugar da vontade
Um dia haverá amor
Por hora ha só saudade.



07/12/2009

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Julgo errôneo

Muito do que somos é apego tolo ao que um dia já nos foi.
E maduro já brotou mas cultivado
Apodrece em nossas mãos o que havia.


Medo a prender a realidade perdida.


Prisioneiros do passado a arrastar pesadas correntes
Pregadas a tristes grilhões.
Erros a travar a vida.
Sem brilho o olhar.
Ou graça o sorriso.


Tênues no limiar de nós mesmos.


Onde a luz que arrasa a noite?
Doce água ao encontro do mar.
Fogo ao diamante.
Dor a perola mais bela.


Liberte o sentimento sentido
Amor amado.
Momento passado.


Ouse libertar o julgo errôneo.
E crer no dia que amanhece.
Ouse a dúvida no acerto.
E por fim perdoe
Para que um dia mereça.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Feliz Tempo Passado...

Leio páginas de um livro.


Narro histórias de amigos.
Venturas. Desventuras.
Narro romances e tristezas.
Vida em forma de poesia.


Narro chegadas e partidas!
São histórias de alegria, festas, fantasia.
Há tantos sonhos e desejos.
Leio aqui muitos sotaques
Leio aqui muita paixão
Leio aqui felicidades, mas também solidão.


São palavras encantadas ao som de um mágico teatro.
Páginas coloridas.
Uma fase.
Muitas vidas.


Há o João que ficou com a Maria
Que queria o Pedro
Que queria a Tia,
E lá se vai outra poesia!


Há quem amou e não devia
Quem devia e não amou
Quem amou e foi amado
Quem casou e se mudou!


Nesse enredo há muita festa!
Amizade e gratidão.
Há também descobertas.
Dificuldades.
Ofertas.


Existem momentos de perda.
Quem nos ama e que se vai.
Nessa parte há tristeza.
Felicidade esvai.


Leio agora sobre a vida
Que dá com a mão que tira.
Enquanto o tempo cicatriza
O amor vem e vivifica!


Viro a pagina deste livro, folheado com cuidado.
Ficará muita saudade deste tempo já passado.
Agora enxergo a página em branco
Sem nenhum ponto borrado.
Pego pena. Pego tinta.
Respiro fundo. Recomeço.
Com carinho me despeço.
Adeus, tempo disperso!


Escrevo a página de um livro.
Dentro do meu coração.
Meu corpo é minha pena.
E minha alma esta canção.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Casa, lugar das Verdades...

E as rugas trouxeram saberes: verdades mutantes de fragmentos vividos.
Aprendizados douridos a custa de penas.
A permanencia do nada. A incostância dos momentos.
Momentaneidade não óbvia.
A mão que afaga e golpeia a dor.
Paradoxo do amor.
O amigo de hoje.
O amigo de hoje.
Única importância.
O tempo. Cedo ou tarde. Nos mostra.
Somos passageiros.a
Tudo é transitório.
Ficam lembranças felizes.
Mágoas.
Saudades.
Aprendizado imposto.
Mas ainda passageiro.
O que fica de tudo o que se vive?
Todos sabem. Poucos se importam.
Um dia partiremos.
Para casa. Lugar das verdades.