"Palavras, sons e imagens que nos tocam onde somente a arte alcança para o amor poder agir.."

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Desabafo graças a Coelho Neto!!!!


Meus olhos marejados, misto de emoção e vergonha.

Duras palavras lidas de um passado desconhecido.

Como queria estar a andar entre os mestres de outrora.

Absorver a cultura que nem de perto possuo.

Triste arte que produzo. Insone.

Queria ter aprendido Lucio, Nabuco.

Estudado os paradoxos de Paula Ney.

A outra face de Machado.

Aquela do prédio humilde da Rua do Ouvidor.

Por Deus que queria ter ouvido em minhas aulas de história.

O momento em que Coelho Neto adere as causas da abolição.

E ter ouvido uma bela explicação para o porque da França ter dado graças a nossa Academia.

Enquanto que obras celebres glorificavam na poeira seu explendor.

Céus! Não há mas França a bater em nossas portas.

Nem vejo grande mestres por aí na Ouvidor.

Momento negro este em que vivo.

Como será lembrado este século na infinita história da Arte?

Estamos presos numa mediocridade tamanha.

Há de haver sonhos pelos quais lutar!

Do contrário porque aqui haveriamos ainda de estar?

Estou conectada com o mundo.

Mas meu povo desconhe sua própria história.

“Antigamente os cálices eram de pau, e os sacerdotes de ouro; agora os cálices são de ouro, e os  sacerdotes de pau.”
Bonifácio Mártir, bispo de Mogúncia citado por Coelho Neto em discurso na Consagração da França que salvou da obscuridade a Academia Brasileira de Letras, Fundada por: José Veríssimo, Paulo Tavares,Machado de Assis, Joaquim Nabuco, Lúcio de Mendonça, Graça Aranha, Paula Ney, Domício da Gama, Alberto de Oliveira, Rodrigo Octavio, Silva Ramos e Filinto de Almeida, Bilac, Guimarães Passos, Raimundo Correia, Valentim Magalhães, Pedro Rabelo e outros tantos que em duas salas palpérrimas na rua do Ouvidor, Rio de Janeiro, sobre duas mesas depositavam o peso de obras primas a espera de Editores.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Malmequeres...

Foto de Rosa Gamóias


Quais as cores que me escapam

Destas que observo quais me faltam

E das tantas que não sei

Quais os nomes destas flores

Que tão doce deixam o ar

Serão perfeitos meus amores?

Petúnias, lírios e me queres. 


Esta poesia foi retirada do livro "Letra em Flor" de minha autoria ainda não editado.





segunda-feira, 8 de novembro de 2010

...



Do ribeirão, imagem da minha infância, La Grande Vallée de Saint-Exupéry
A brisa leve destas campinas, que revoam meus cabelos, e um dia revoaram as andorinhas junto a Gomes.
Muitos passos.
Tantos passos.
Poucos anos.

domingo, 7 de novembro de 2010

Se e Porque...

Por onde o caminhar desprovido de certas incertas promessas?
Onde o haver mundano do ter esquecido o não tido? Calado o não dito? Findado o insano?
Onde, querido?
Onde o não visto? Diga!
Na tua verdade sentida, amarga e bem dita. Diga!
Da encruzilhada. Quão pouca jornada. Teu nome querido?
Diga!
Se é que tem voz debaixo dessa couraça.
Se é que faz som se tirar a mordaça.
Se é que não cala. Se é quem ainda ama. Se é o que diz quem te chama.
Se e porque, diga!